quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Jovem é indenizada por falta de filme legendado em cinema



Uma deficiente auditiva deve receber indenização da empresa  de cinemas Cineart Multiplex, no valor de R$ 10 mil, por danos morais. A jovem, de identidade não revelada, pretendia comemorar o aniversário de namoro indo ao cinema no Shopping Cidade, em Belo Horizonte. Entretanto, ela não encontrou nenhum filme legendado em cartaz. O juiz de direito, Fabrício Simão da Cunha Araújo, do Juizado Especial das Relações de Consumo, argumentou que é dever das empresas disponibilizar, ainda que em quantidade mínima, salas e filmes legendados, para assegurar o acesso efetivo da totalidade das pessoas, especialmente dos deficientes auditivos.
A jovem juntou ao processo a grade exibições da Cineart e fotos dos filmes em cartaz na data em que compareceu ao cinema, comprovando que não havia nenhuma sessão em que os filmes “Shrek” e “Meu malvado favorito” estavam sendo exibidos com legenda. Ela foi à delegacia no dia do ocorrido para lavrar boletim de ocorrência policial. Na Justiça, a jovem também comprovou, por meio de atestados médicos, a deficiência auditiva. A empresa de cinema contestou o pedido de indenização alegando que a jovem não provou os danos materiais e morais sofridos.
O juiz Fabrício Simão da Cunha Araújo citou diversas normas federais, estaduais e municipais, em especial a Constituição e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência para argumentar que "o portador de deficiência auditiva tem direito de acesso à cultura e ao lazer, devendo tal acesso ser interpretado, no que tange à cultura cinematográfica, não só como acesso físico às salas de exibição, mas também como direito de compreensão linguística das interações culturais que ali se realizarem”. Ele ainda ressaltou que a inexistência de regulamentação específica quanto ao percentual mínimo de filmes legendados a serem exibidos não impede a proteção do direito.
O magistrado comentou o fato de os filmes de desenhos animados serem exibidos exclusivamente no formato dublado. “Ainda que houvesse outros filmes legendados sendo exibidos, é necessário que, ao menos, um filme por gênero seja exibido no formato legendado. Caso contrário, seria o mesmo que excluir das crianças deficientes auditivas o acesso ao cinema, já que em regra só se interessam e só podem assistir aos filmes animados”. Para o magistrado, não é irrelevante o sentimento de discriminação e descaso sofrido pela jovem. “Bastava ter um pouco mais de atenção, respeito e solidariedade ao consumidor”, concluiu.
O juiz determinou que a Cineart pague R$ 10 mil como dano moral à jovem e outros R$ 10 mil como parcela pedagógica. Este último valor será destinado à Creche Agostinho Cândido de Souza. A decisão, por ser de 1ª Instância, cabe recurso.


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hollywood investe em atores com Síndrome de Down

Dois novos filmes com atores com síndrome de Down  serão lançados nas próximas semanas nos EUA. Em Hollywood as perspectivas para atores com essa síndrome estão em ascensão.
Atores com síndrome de down terão um papel central no filme “Café de Flore”, que enfoca a relação entre uma mãe e seu filho com down em Paris na década de 1960, e “Any Day Now”, um filme baseado na história verdadeira de um adolescente com síndrome de Down, que foi levado por um casal gay.
Filme estrelado por atores com síndrome de Down é aclamado em Gramado
 “Fibra”: Documentário sobre pessoas com deficiência intelectual vence festival do MERCOSUL
 Pablo Pineda: Ator e pedagogo com síndrome de Down relata preconceito e superação
O lançamento dos dois filmes trará dois atores com o distúrbio cromossômico que fizeram a sua marca na televisão nos últimos anos com papéis regulares em shows, incluindo “Glee”, “A Vida Secreta de uma Adolescente Americana” e “American Horror Story”. Um deles é a atriz Lauren Potter que participou do seriado Glee.
A inclusão de mais atores com síndrome de Down no cinema é uma boa notícia para estrelas aspirantes e do público em geral que se beneficia de uma maior conscientização e conhecimento sobre a síndrome.
 

Marido raspa a cabeça em apoio a mulher grávida com câncer: solidariedade

Um homem, que descobriu que a mulher, grávida e prestes a dar a luz, está com câncer de mama em estágio dois, decidiu raspar o cabelo em apoio à companheira.

Os médicos dizem que o prognóstico é bom para ela e para o bebê, mas indicaram a quimioterapia, que faria com que ela perdesse os cabelos em breve...

A queda começou na semana passada, quando a mulher estava no banho.
 Após o jantar de Ação de Graças, eles improvisaram um salão em casa e os dois rasparam o cabelo um do outro.
 Os cortes foram registrados em fotografias e postados na rede social Reddit.

A reação positiva do casal ao tratamento e à doença arrancou mais de mil comentários na rede.

A boa notícia é que, não só a quimioterapia está funcionando, mas as drogas que a mulher está tomando também.

Elas não atravessaram a placenta e o bebê está seguro.

A expectativa é que o parto ocorra dentro de algumas semanas.

II Encontro Rede Ester - Empregabilidade e Inclusão das PCD


terça-feira, 27 de novembro de 2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Tecnologia faz com que cegos leiam com os próprios olhos

Empresa americana cria Braille que não precisa ser tocado – implante na retina permite que deficientes visuais de fato vejam os sinais.

Uma recente descoberta promete mudar (pra melhor, é claro) radicalmente a maneira como deficientes visuais se relacionam com o mundo. Ao adaptar uma conhecida tecnologia que permite que cegos consigam enxergar rudemente, cientistas conseguiram dar um passo além: fazer com que eles consigam ler. Sem as mãos, sem precisar tocar no Braille - tudo na base da boa e velha visão.
Com o sistema Argus II, o usuário tinha uma versão pixelizada do mundo: um par de óculos com uma câmera acoplada manda sinais eletrônicos diretamente para a retina da pessoa. Essa espécie de mini-monitor era visualizado na forma de um quadrado com 60 eletrodos; fazendo com que fosse possível distinguir claro e escuro, além de coisas como a passagem por uma porta e a mudança de um ambiente para o outro. Acontece que essa tecnologia é rudimentar demais para que se consiga ler, a fonte da palavra tinha que ser grande demais e mesmo assim levaria minutos até que o conteúdo dela fosse totalmente compreendido. Com pequenos ajustes, mas partindo do mesmo princípio, pesquisadores da empresa americana Second Sight, lapidaram a tecnologia e chegaram a resultados bastante animadores.
Como o Braille é baseado num padrão de 6 pontos, recombinados de maneiras diferentes pra cada letra, número ou símbolo (vírgula, ponto final, etc) eles perceberam que os eletrodos usados no Argus II poderiam ser utilizados para representar esses pontos, como se fosse uma analogia ao Braille propriamente dito. Ao estimular 6 dos 60 eletrodos, a pessoa consegue ler sem precisar encostar em nada. Um implante com os tais eletrodos é colocado atrás do olho do usuário, bem em cima da retina, e as letras em Braille são enviadas via wireless para o dispositivo. Quer dizer, isso ainda não permite que um cego leia um livro no ônibus, mas certamente fará ele chegar com muito mais tranqüilidade no seu destino final.
Esse é o verdadeiro avanço do novo Argus II: fazer com que deficientes visuais consigam interpretar placas e outros sinais que facilitam a locomoção nas ruas. Para pessoas com a visão boa, isso passa batido, mas nosso cotidiano é orientado por esse tipo de aviso – desde qual rua virar até a qual estação de metrô descer. Adaptando esses locais públicos à tecnologia recém-descoberta, a vida dos cegos ficará consideravelmente mais fácil.
Durante os primeiros testes, a eficiência do sistema provou-se bem alta. Quando vistas individualmente, o índice de acerto das letras foi de 89%. Palavras com duas letras tiveram uma taxa de 80% e as de 4 chegaram a 70%. Apesar desses números, os pesquisadores acreditam que palavras longas são mais fáceis de serem interpretadas, já que, nesse caso, errar uma letra implica em menos dificuldade de adivinhar o significado total.

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN FILME COMPLETO AUDIO INGLES LEGENDA POR...



O Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker) é um filme dos Estados Unidos de 1962, do gênero drama biográfico, dirigido por Arthur Penn, e baseado no livro The Story of my Life, de Helen Keller e na peça teatral de William Gibson.

O filme relata a história de uma menina cega. Não só cega, mas muda. E como se não fosse demais, era uma menina surda, muda e cega. O nome dela era é Helen Keller, de sete anos, filha de proprietários de terras. Keller não sabia o que era mundo e não sabia como interpretá-lo, e apesar disso tudo, ela precisava muito se expressar.

O filme é muito complexo, mas ao mesmo tempo é humano demais. Um filme que mostra como o ser humano não está seguro sobre as coisas que a vida pode aprontar. O Milagre de Anne Sullivan é um retrato psicológico, mostra-nos como não sabemos lidar com  com limites físicos e a realidade de um ser humano. O filme é um pouco agressivo no sentido de mostrar as dificuldades de se viver em um mundo silencioso e escuro, como o de Helen, e que não há como ignorar a dor de uma garotinha.

A menina não conhece o mundo à sua volta, mas sabe do que precisa para viver e acaba por se tornar uma tirana em sua casa, já que sua família lhe dava todas as liberdades como uma “inválida”, como achavam que Helen era. A menina tinha o total domínio em sua casa, então, portanto controlava o comportamento de seus familiares; ela não entende como é ser educada e muito menos como escutar um não.

A Helen recebe uma orientação de uma pessoa com suma importância, que é Anne Sullivan, uma professora. Ela é uma mulher que era cega (fez nove cirurgias nos olhos) e usa óculos escuros para proteger-se do sol, acostumada a conviver com cegas e cegos, mas ao se deparar com Helen, entende que ali está o maior desafio da sua vida: o desafio de explicar a uma menina como viver no mundo e como entende-lo, e seu maior objetivo era que todos a tratassem como uma pessoa normal.. Para isto entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.

Ao conhecer Anne, o pai de Helen transpareceu um enorme preconceito dizendo: “... eles esperam que uma cega ensine a outra”. Como explicar a uma menina que terra é a terra? Que fome é vontade de comer? Como mostrar a árvore para uma menina, que não consegue vê-la? Como ensinar a menina comer com garfos e facas, se a menina não sabe nem o que é educação? Como ensinar a menina o que é o amor? São essas as perguntas que Anne se faz durante o filme todo.

A relação que as personagens travam entre si foge completamente da esperada por todos que assistem ao filme: ao contrário de amor e compreensão de imediato, Anne se torna uma megera na vida de Helen. Anne demonstra que a única forma de ensinar Helen a ser gente, é a tirando de seu pedestal, a destronando de seu império, criado pela dó e pena que seus pais tinham, e mostrar o que é a realidade para a garotinha.

A realidade não é bonita. Comer no prato não é fácil, saber indicar as coisas e seus significados é quase impossível. Anne resolve criar um método de comunicação entre elas: o tato seria o alfabeto. O tato serviria como o meio de comunicação, fazendo com que Anne e Helen desenvolvam uma sequência de palavras associadas aos gestos das mãos. O primeiro contato de Helen com o alfabeto no tato em libras foi no momento em que Helen encontra uma boneca na mala de Anne e descobre que ela possui a mesma forma de seu rosto.

Durante anos, Hellen Keller tem comportamento selvagem e indisciplinado. O estimulo da comunicação através de um dos sentidos (tato) com Anne Sullivan a incentiva a utilizar o tato como o elo entre ela e o mundo; desenha palavras na mão da menina a fim de que ela compreenda a relação entre as palavras e seus significados. O tato passa a ser a via pela qual a menina “enxerga” o mundo, até que, em um momento, compreende realmente a linguagem. A partir daí, aprende o alfabeto Braille e aos dez anos começa a falar.

As cenas são definitivamente emocionantes, como por exemplo, quando Helen começar a correr e encostar-se às coisas , perguntando para Anne como era o nome delas, árvore, chão, degrau e professor. Uma das cenas mais lindas.

O filme conta a história da persistente professora do título, contratada para ensinar Hellen que fica surda e cega aos 18 meses de vida.  A força de vontade, vocação e fé de Sullivan é tanta que nada parece ser obstáculo para ela, nem mesmo os próprios pais de Hellen, com quem vive entrando em conflito Em 1904, formou-se com louvor, e foi a primeira aluna cega e surda e terminar um curso universitário.

Enfim, o filme carrega uma mensagem de dor, conquista e apoio que poucos filmes apresentam ter. O milagre de Anne Sullivan é um dos mais bem filmes produzidos e virar as costas para uma obra rara dessas, é, no mínimo, ignorância imperdoável.




Tratamento de paciente com câncer pelo SUS terá que começar em 60 dias: é Lei

A patir de maio do ano que vem o SUS, Sistema Único de Saúde, terá até 60 dias para começar o tratamento de pacientes que forem diagnosticados com câncer.

O prazo pode ser menor, conforme a urgência terapêutica do paciente.


A lei já foi sancionada pela presidente Dilma e entra em vigor daqui a 180 dias.
 O texto, aprovado no senado no mês passado, também revê o acesso "gratuito e privilegiado" a analgésicos, derivados de ópio — como a morfina, por exemplo — para os portadores de câncer que estejam sofrendo dores.

Além disso, os estados devem dispor de instalação de serviços especializados em oncologia, para que as áreas não contempladas passem a ter acesso a esses serviços.

O descumprimento será punido com penalidades administrativas.

Fonte: Só Notícia Boa - Com informações do Estadão e da Veja.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ajude a encontrar a cura do câncer e Alzheimer sem sair de casa


Já imaginou poder ajudar cientistas a entender o desenvolvimento de doenças como o Mal de Alzheimer e diversos tipos de câncer?

Se seu desempenho em Biologia e Química na escola não foi tão brilhante não importa.

A ajuda será através do seu computador, que passa boa parte do tempo ocioso, gastando algo em torno de 10% de processamento e poderá ajudar a otimizar o processamento de estudos relacionados à essas doenças.
 Como? Através do projeto de computação distribuída Folding@Home desenvolvido pela Universidade de Stanford.

 Para ajudar você precisa instalar o software e deixá-lo fazer o resto do trabalho. Simples assim!

Enquanto seu computador está ligado o programa usa o processador para fazer simulações de enovelamento de proteínas, recebendo e enviando dados para os servidores do projeto periodicamente.

E não se preocupe, o Folding@Home não deixará seu computador lento!

O programa roda com prioridade mínima, então qualquer jogo ou aplicativo terá prioridade maior e será executado sem maiores problemas.

Serviço:
Fonte: Só Notícia Boa - Com informações do Tecnoblog

Turismo acessível em Londres até depois da Paralimpíada

 
São 20 opções de espetáculos durante o ano, dez em cartaz de setembro a novembro. Desse total, metade está totalmente adaptada a portadores de necessidades especiais, em horários reservados. No National Theatre, tradicional casa londrina que exibe sobretudo peças de autores ingleses clássicos, a acessibilidade à arte é questão primordial - e vai muito além do clima paralímpico.
Em 15 anos, foram 89 apresentações adaptadas - 40 legendadas e 49 com transcrição de áudio. O resultado se reflete na bilheteria: 20 mil ingressos vendidos a este público só na atual temporada.
A maioria das peças é exibida no Cottesloe, um dos três auditórios locais. Como um teatro de arena, tem ambientes móveis e ajustáveis segundo as necessidades dos visitantes. E, para além do palco e arquibancadas, uma equipe é responsável exclusivamente para que a história alcance todos os espectadores de forma equivalente.
Quando o espetáculo é destinado a deficientes auditivos, diálogos, músicas e sons ambientes são legendados com fidelidade surpreendente - apenas é necessário que o espectador saiba inglês. Há 13 anos, Roz Chalmers é responsável por tal tarefa, realizada minuto a minuto durante a peça. Segundo ela, precisão é fundamental - e uma questão de treino. "A legenda tem de entrar no momento exato, para que todos deem risada ao mesmo tempo. Quando há um silêncio, por exemplo, não pode haver frase exposta, ou o público não vai senti-lo da mesma forma."
O teatro ainda conta com um sistema que amplifica o som ambiente nos fones de ouvido, beneficiando aqueles com dificuldade auditiva. A tecnologia também é usada em peças para deficientes visuais, que são acompanhadas por comentários extras que ajudam na compreensão. Este público pode ainda participar do touch tour, que permite subir ao palco, tocar e se familiarizar com acessórios que farão parte da apresentação. Realizado sempre antes do horário do espetáculo, requer agendamento.
De lá para cá. Em plena região nobre de South Bank, na beira do Rio Tâmisa, chegar ao National Theatre é tarefa fácil para cadeirantes. São quase quatro quilômetros (incluindo Tate Modern, Shakespeare's Globe e Southbank Centrerecém-reformados: os novos pavimentos, rampas com corrimões e iluminação extra dão segurança e agilidade.
Para deslocamentos mais longos, outra facilidade: todos os 8 mil ônibus que servem a capital britânica são adaptados para cadeirantes, da mesma forma que os 22 mil black cabs, os famosos táxis londrinos.
Escolha a atração. Não se trata de benefício voltado só para os moradores da capital. Ônibus turísticos, que fazem os clássicos sightseeings, também estão adaptados. Rampas de acesso e tours para pessoas com necessidades especiais são encontrados na maioria dos pontos turísticos da cidade (detalhes em inclusivelondon.com), com a mesma facilidade que escadas e audioguias, por exemplo.
Além de visitar sem dificuldades os ícones londrinos, deficientes visuais contam com material em braile e podem até tocar em parte do acervo dos museus nos chamados touch tours. British Museum, Science Museum, Victoria and Albert Museum, National Gallery e Tate Modern são alguns que oferecem facilidades.
Na Tate, aliás, portadores de deficiências têm direito a desconto nas exposições pagas e entrada livre para um acompanhante. Vale anotar: o tour de 30 minutos na London Eye segue as mesmas regras. Já na St. Paul's Cathedral cadeirantes chegam até a cripta por elevadores e, mais recentemente, ganharam um tour virtual que mostra o interior do domo da igreja, este só acessível por escadas.
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O poder de escolha da pessoa com deficiência em relação à acessibilidade

Ricardo Shimosakai
 
A falta de acessibilidade acaba causando inúmeras restrições às pessoas com deficiência, em diversas situações, e no lazer e turismo infelizmente isso não é diferente.
É fácil perceber que a acessibilidade não está presente em tudo. O número de hotéis, restaurantes, transportes, atrativos turísticos, entre outros itens que compõem o turismo, e que possuam acessibilidade,’ ainda é minoria. Somente com essa observação, já podemos restringir drasticamente os locais em que pessoas com deficiência tenham condições de frequentar.
Poucos podem ser considerados estabelecimentos ou serviços com acessibilidade universal, que atendam a diferentes tipos de pessoas com deficiência. Então o nível de acessibilidade, varia de acordo com o tipo de deficiência. E mesmo aqueles que possuem iniciativas para receber uma pessoa com deficiência, na maioria das vezes tem uma acessibilidade falha ou incompleta.
Porém, esta questão é mais profunda. Para exemplificar, vamos pegar o segmento de hotéis. Em muitos hotéis, existem quartos com diferentes tipos de classificação, que variam de acordo com seu tamanho e conforto. Standard, Luxo e Presidencial, são alguns dos nomes utilizados para diferenciá-los. Geralmente, todos os quartos acessíveis de um hotel são idênticos, e de acordo com as características de tamanho e conforto, são identificados em uma classe, para se ter uma referência de suas características e também para determinar seu preço.
Mas como foi citado anteriormente, todos os quartos acessíveis são idênticos, então não existe uma possibilidade de escolha. Pessoas com deficiência são obrigadas a se hospedar no quarto disponível, sem a possibilidade de pagar uma tarifa menor em um quarto de categoria inferior, ou de optar por um melhor conforto em um quarto de categoria superior, pois só existe um tipo de classificação para o quarto acessível.
Esse tipo de situação também pode ser encontrado em locais como teatros, casas de show, estádios e outros locais que apresentam diferentes tipos de assentos. Estes locais geralmente oferecem uma área mais popular, outra com melhor localização e visibilidade, e camarotes com maior conforto e privacidade. Mas da mesma forma que os hotéis, na maioria das vezes, os locais para pessoas com deficiência são poucos e sem oportunidade de escolha.
Trazendo o foco para as pessoas com deficiência visual, há casos específicos onde a escolha é dificultada por alguns fatores. Um restaurante possui uma grande variedade de alimentos e bebidas para escolha, que são oferecidas através de um cardápio. Caso não haja um cardápio em Braille, um cego fica condicionado à uma pessoa que possa ler o cardápio, ou optar pelas sugestões do garçom. Mas isso acaba limitando o cliente cego, pois dificilmente alguém consegue ditar todas as opções existentes, além de demandar mais tempo, o que é ruim para o cliente e também para o estabelecimento.
Em algumas situações, a oferta da acessibilidade já está se tornando insuficiente, devido ao aumento da demanda de usuário. Hotéis possuem um número pequeno de quartos, geralmente abaixo dos 5% do total de quartos exigidos. Transportes como ônibus urbanos, geralmente oferecem somente 1 espaço para cadeira de rodas, além da proibição no ingresso ao veículo caso este espaço já esteja sendo ocupado. Faltam equipamentos em aeroportos como ambulifts (carros-elevadores), gerando filas de espera para sua utilização de até mais de uma hora.
Esta matéria foi escrita por Ricardo Shimosakai para a Revista Reação – Revista Nacional de Reabilitação. Ano XV, Número 88, setembro/outubro 2012, página 108.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Brasileiros criam game inédito para cegos jogarem com não cegos: Herocopter

Um grupo de jovens de Brasília desenvolveu um videogame para que cegos possam jogar com não cegos.

A ideia surgiu para que um deles, o analista de teste e deficiente visual Juliano César Ribeiro, pudesse competir com os colegas.

Os jogos que existem hoje não satisfazem os anseios dos deficientes visuais na questão da acessibilidade.

O nome do game é Herocopter e é simples de jogar.
 Basta ter o programa instalado no computador, um fone de ouvido e um sensor de movimentos, tipo Kinect.
 O professor Bruno Kenj explicou ao R7 que com kinect é possível controlar o jogo por meio dos movimentos do corpo do jogador.

"O kinect estimula a coordenação motora e determinados exercícios para movimentar o helicóptero do jogo."

O jogador é o piloto do helicóptero e o objetivo é salvar pessoas vítimas de desastres naturais como um tsunami, por exemplo.

Bruno de Souza explicou ainda que a novidade fica por conta do áudio do jogo, que é em 3D.

Isso ajuda os deficientes visuais a terem uma percepção maior do que está se passando no game e sentir pelos ouvidos o que deve ser feito do lado esquerdo e direito da tela.

O jogo ainda não está no mercado porque ainda precisa de patrocínio para ser lançado, mas segundo Souza, a ideia é já começar a divulgá-lo na internet.

" Esperamos em três meses publicá-lo em uma plataforma, como custo de U$4,99, que é em média R$ 10, no Brasil, sendo acessível, assim, para todos os deficientes."

“Milagre na Pista 2″. Jovem com deficiência desafia a velocidade nas pistas




"Milagre na Pista 2" (2000), filme inspirado em fatos reais e protagonizado pelo ator Frankie Muniz (o eterno Malcolm da série "Malcolm in the Middle") que conta a história do adolescente Justin, que nasceu com espinha bífida e hidrocefalia, e mesmo preso a uma cadeira de rodas, decide competir em uma corrida, desafiando todas as probabilidades.
Justin é um jovem divertido, que procura aproveitar a vida e cujo ponto fraco é a inveja que sente dos troféus esportivos do irmão mais velho. Esse sentimento leva Justin a desafiar seus próprios limites e entrar em uma corrida em busca de seu próprio prêmio. Mas sua perseverança e entusiasmo acabam o levando a entrar em um disputado campeonato nacional. Sua trajetória acaba unindo a família e mostrando o que realmente significa ser um vencedor.
O filme conta a história real de Justin Yoder (interpretado por Frankie Muniz ), um menino que nasceu com espinha bífida e hidrocefalia , e retoma a sua vida em uma cadeira de rodas. Ele vive com sua mãe protetora, seu pai e seu irmão Seth ( Patrick Levis ), que é um atleta de esportes. Devido à sua deficiência, Justin tenta desesperadamente encontrar algo que ele pode fazer isso faria ele se sentir especial.
Para orientação, Justin confronta Deus (que no filme toma forma como um piloto de corridas de carros famosos, Bobby Wade) durante sua viagem. Depois de descobrir um racer soapbox no galpão de seu vizinho, Justin espera participar em corridas de palanque e, eventualmente, encontrar um amor e talento para o esporte. Para deficiência de Justin, seu pai e seu vizinho Vic construiram um racer personalizado com um travão de mão (chamado de "Justin Brake"). Enquanto isso, Seth sente que os pais se concentram demais em Justin em vez de tratar os meninos da mesma forma.
Seth, no entanto, tem uma mudança de coração, quando Justin tem um acidente durante uma corrida ruim. A família é então confrontada com a idéia de que a participação de Justin dentro do esporte pode ser perigosa para sua saúde.
No final do filme, Justin pede a Deus se as pessoas são perfeitas quando eles vão para o céu, e Deus lhe mostra um céu onde há pessoas com e sem cadeiras de rodas, todos juntos, para que Justin feliz respostas "perfeito". Como um tributo a Justin Yoder, clips de vídeo ao vivo são mostrados dele antes dos créditos.
 

sábado, 17 de novembro de 2012

Lente de contato noturna corrige miopia: sem cirurgia a laser


Uma nova terapia poderá fazer os míopes dizerem adeus aos óculos. E sem precisar fazer cirurgia a laser.

O segredo está na Terapia Corneal Refrativa (CRT), composta por uma espécie de lente especial, que molda a córnea e corrige o problema durante o sono.

O paciente põe as lentes antes de dormir e quando se levantar e retirar as lentes pela manhã, ele conseguirá desfrutar de uma visão nítida durante o resto do dia.
 Segundo o jornal espanhol ABC, as lentes CRT, que podem ser utilizadas para pessoas que tenham até 6 graus de miopia e 1,75 de astigmatismo, devem ser colocadas para dormir pelo menos durante 6 a 8 horas durante os primeiros 15 dias.
 Após o período de adaptação, o uso deve ser feito todas as noites, sem preocupações quanto ao tempo.

Para aqueles que têm menos de 4 dioptrias, o efeito de melhoria da visão começa entre a primeira e a terceira noite de utilização.

Para graus maiores o resultado pode demorar entre três a sete dias. 

Os  laboratórios espanhóis Lenticon, aconselham que antes é preciso visitar o oftalmologista, para que este verifique a eventual existência de contraindicações e estabeleça o tipo de lente mais adequada para cada caso.

Ainda não há informações sobre preço da nova lente, nem quando chegará ao Brasil.

Fonte: Só Notícia Boa Com informações do Boas Notícias

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

42% das prefeituras do Brasil não têm acesso para deficientes, afirma IBGE


Quase a metade dos prédios não tem nenhum item de acessibilidade.
Equipe treinada e piso tátil são estruturas menos presentes nas prefeituras.


Quase metade das cidades brasileiras não tem estrutura de acesso para pessoas com deficiência nos prédios de suas prefeituras. É o que mostra a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros, feita em 2011 e divulgada nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, 42,6% das cidades dizem não ter nenhum dos 13 itens listados; apenas 3,8% apresentam seis ou mais deles. Ao todo, 3.195 municípios declaram ter alguma estrutura para deficientes.

Ainda segundo os dados, 22,3% dos prédios das prefeituras têm apenas um tipo de estrutura voltada para deficientes, estrutura que vai desde uma equipe preparada até um banheiro adaptado. Já com dois tipos de estrutura aparecem 14,7% das prefeituras, e com três tipos, 8,4%. Os percentuais de prédios com mais de quatro itens de acessibilidade são ainda menores: 5,4% deles têm quatro itens e 3%, cinco.

Na pesquisa, o IBGE diz que "a prefeitura é um órgão que centraliza vários serviços" e, por isso, "suas edificações e equipamentos devem ser inclusivos e permitir que toda a comunidade tenha acesso a espaço físico com facilidade".

Itens de acessibilidade

Para tabular as cidades, o IBGE estipula 13 de "itens de acessibilidade". São eles: rampas de acesso, equipamento para deslocamento vertical, sanitário acessível, piso tátil, elevadores com braile e sonorização, telefone público adaptado, mobiliário de recepção adaptado, pessoal capacitado para atendimento, disponibilidade de áreas especiais de embarque e desembarque, vagas especiais para veículos com pessoas deficientes, sinalização de atendimento prioritário a elas, permissão de cão-guia e rampa externa.

Os itens que mais estão presentes nos prédios das prefeituras são as rampas de acesso, rampas externas e sanitários acessíveis. Ao todo, são 2.150 cidades que dizem ter as rampas de acesso, o que corresponde a 38,6%. As rampas externas aparecem em 1.763 cidades, o equivalente a 31,7% do total. Já aquelas com sanitários acessíveis totalizam 1.028 mil, ou 18,5%.

Os itens mais raros dentre as mais de 3 mil cidades com algum tipo de estrutura para deficientes são pessoas capacitadas, permissão de cão-guia e piso tátil. Somente 316 cidades têm equipe treinada e 290 permitem a entrada de cães-guia. O piso tátil é o que menos aparece nos prédios das prefeituras do país – são 219 cidades que os têm, totalizando 3,9%.

Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada em 2009, qualquer pessoa com deficiência deve ter as mesmas condições de acesso a serviços que uma pessoa sem deficiência. E quem deve assegurar esse direito é o Estado, conforme prevê a Constituição.

Fonte: G1

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"É Todo Mundo Junto"



Meu sogro é daqueles que são apegados demais da conta com a família. Para ele, felicidade é quanto “tá todo mundo junto”.

Isso até virou motivo de graça entre o povo lá de casa. Para comer à mesa tem de ser “todo mundo junto”, para ir à padaria, só se for “todo mundo junto”, para tomar um rabo de galo no boteco….. “é todo mundo junto”.
Talvez por eu ter crescido em um núcleo familiar muito pequeno e já estar há um “par de anos” longe de irmãos, cachorros e pagagaios, não estou muito acostumado com a montoeira de gente.
Mas tem também uma razão logística para mim e para demais “malacabados” não querermos estar em muvucas de primos, cunhados, agregados e demais “fila-bóias” de finais de semana…. Calma, eu explico!
Vou dar um exemplo concreto. Domingão foi batizado de meu sobrinho. Acorda cedo, toma um café, sai correndo mundo a fora para chegar no local da cerimônia. “Famiagem” toda reunida, coisa mais linda do mundo, do jeito que o sogro adora!

Eu, menino tímido, fiquei num canto da igreja, num lugar mais confortável para ver o padre dando sermão no povo, para que eu não fosse obstáculo para a passagem de pessoas e também para me deslocar, caso fosse necessário.
Pois acaba a danada da missa e começa o batizado! Digam aí pro tio, meus doooois ou três leitores, como o sogrão queria que os parentes ficassem durante o rito religioso com o moleque???? Isso mesmo, ele queria que o “galerê” se juntasse num banco, pra ficar “todo mundo junto”.

“Vem aqui, Jairo!!! Ficar todo mundo junto”

“Tô bem aqui, meu sogro. Tô feliz, onde estou!!!”.

Claro que não teve jeito. Ele me arrastou para o mais próximo possível de onde estavam os outros! Resultado??? Não vi o padre jogando água na cabeça do menino, nem untando de óleo, nem nada…
Evidentemente que familiares e amigos que querem a gente por perto estão defendendo que não nos apartemos do todo, que fiquemos juntinhos ao amor da família e tals, mas é preciso analisar, algumas vezes, as condições logísticas para isso!
Só o cadeirante sabe onde é o melhor lugar para que ele acompanhe um evento. A logística do nosso ir e vir, às vezes, pode afetar um bocadinho o “todo mundo junto”. O surdo vai saber também onde se posicionar para sentir vibração, o cego vai querer ficar onde possa ouvir bem ou se sinta mais seguro.

Até ganho o rótulo de antissocial, algumas vezes. Admito que sou um “véio” doido e ranzinza em alguns momentos, mas procuro mesmo é garantir que eu consiga, da minha maneira, desfrutar tão bem das festas como os outros, mesmo que, em alguns momentos, não dê pra ficar que nem arroz de terceira: “todo mundo junto”.

“Janela da Alma”. Premiado documentário trata dos sentidos da visão




O que os olhos não vêem o coração não sente, o pior cego é aquele que não quer ver, ver para crer. Se os idiomas estão coalhados de expressões como essas, é porque a visão nos parece algo concreto, indubitável, o mais imediato dos cinco sentidos. Nos servimos dos olhos o tempo todo. Os olhos são a janela da alma. Será?



"Janela da Alma" é um filme sobre o sentido da visão. Ou, melhor, sobre os sentidos da visão.
O documentário é o longa de João Jardim, 37, co-dirigido por Walter Carvalho, 53, um dos mais destacados diretores de fotografia do cinema nacional. Unindo-os, além do elo da imagem, algo que justamente os poderia ter afastado dela: muitos graus de miopia.

"A idéia surgiu de uma vivência muito pessoal minha -eu achava que o fato de eu ter uma miopia muito grande tinha influenciado na minha personalidade e até na minha vida", conta Jardim.

Para o cineasta, era intrigante que houvesse livros sobre a relatividade da visão como instrumento de apreensão do mundo, mas que não houvesse um registro audiovisual do assunto.

"Achava superinteressante essa questão do ver ou não ver. Tudo depende do que a gente já viu antes, que determina a maneira como a gente interpreta o que está vendo. Eu achava muito estranho não se falar disso em cinema ou televisão, achava que dava para fazer alguma coisa emocionante."

O filme é composto de 19 depoimentos de pessoas de vista "curta" - de um total de 50, coletados em duas etapas, que renderam à dupla mais de 30 horas de filme, as quais consumiram 450 horas de edição. Os diretores não são personagens. Seu depoimento, diz Jardim, é o próprio filme.

A imagem-matriz do documentário são as cenas noturnas de um passeio de carro filmado por uma câmera "míope", que entram intercaladas às falas. Foi numa situação parecida que Jardim diz ter tido o "insight" para a fita.

A escolha do parceiro -desde que teve a idéia, há cinco anos, Jardim nunca quis realizar o filme sozinho- veio de modo natural.

"Eu estava com ele [Walter Carvalho] em Búzios, passando o Carnaval, numa praia que tem ondas fortes, e o vi dentro da água de óculos, furando as ondas. Normalmente, as pessoas tiram os óculos. Eu pensei: "Esse cara tem uma história para contar"."

Que não se pense, porém, que o filme se resuma à dificuldade de viver no mundo sem ter a visão perfeita. "Janela da Alma" se choca contra esse padrão. "Acabou evoluindo para um ensaio sobre o olhar", diz Walter Carvalho.

"Temos pessoas que, por alguma razão, enxergam pouco, ou "nada", entre aspas. Quando digo "nada", é porque quem não tem esse sistema perfeito também pode ver, porque não se vê só com os olhos", completa. "Tem gente que, embora tenha seu espelho quebrado, também continua a enxergar a seu modo."

É o caso do fotógrafo esloveno Eugen Bavcar, que é cego, ou do músico brasileiro Hermeto Pascoal, que sempre enxergou muito pouco, ou do vereador mineiro Arnaldo Godoy, que perdeu a visão no fim da adolescência.

"Eu pedi a Deus para Deus me deixar um tempo cego, cego aparente. Porque olhando é tanta coisa ruim que a gente vê, que atrapalha a visão certa, a visão das coisas que a gente quer fazer na vida", diz Hermeto, a certa altura.

O trio é responsável por alguns dos trechos mais tocantes do filme, fazendo pensar sobre como pode ser pobre nossa visão do mundo se feita só com os olhos.

Os diretores destacam ainda as falas do escritor português José Saramago e do cineasta alemão Wim Wenders. É Saramago, autor de "Ensaio sobre a Cegueira" e "A Caverna", quem diz no filme que nunca estivemos tão próximos da alegoria da caverna de Platão do que hoje: somos bombardeados por imagens de todo tipo, sombras que cremos reais.

Fonte: Folha de São Paulo  via TURISMO ADAPTADO

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Conheça a profissão do Estenotipista, responsável pela Legenda Oculta


 
Para que você veja aquela legenda com fundo preto na parte debaixo da tela da TV quando liga a closed caption, há uma pessoa fazendo movimentos muito rápidos sobre uma espécie de máquina de escrever em miniatura. “Em um programa ao vivo, batemos até 180 palavras por minuto”, diz Simone Cristina Alves, que há 19 anos traduz em letrinhas, muito rapidamente, o que escuta pelo fone de ouvido.

Além dos programas televisivos, um estenotipista também pode legendar reuniões, aulas, palestras e outros eventos. O nome vem do estenótipo, um aparelho com apenas 24 teclas, sem indicação de letras, usado para a digitação the flash. Nele, são gravados começos e términos de palavras mais comuns em teclas que, pressionadas simultaneamente, formam uma palavra. Assim, é necessário tocar o teclado poucas vezes para escrever a maioria delas.

Por questões de saúde, o máximo que um estenotipista deve ficar digitando ininterruptamente são duas horas — ainda assim, pela demanda de profissionais, alguns chegam a passar 8 horas na frente da maquininha. Há cursos abertos, mas apenas 400 profissionais desses no Brasil. Depois de um ano, já é possível fazer as legendas com certa rapidez, mas é necessário pelo menos mais dois anos de prática para que seja capaz de fazer isso ao vivo.

Como funciona

O sinal da TV chega ao computador do estenotipista no mesmo momento em que chega para o telespectador. Ele digita, simultaneamente, teclas da esquerda (para o começo das palavras) e botões da direita (que correspondem à parte final). Pode, por exemplo, pressionar uma sequência de caracteres que significa "inov" com a mão esquerda ao mesmo tempo que aperta outra para "ação" na mão direita, formando rapidamente "inovação". As legendas são mandadas para a emissora via internet ou linha telefônica e, de lá, sobem para a tela. O caminho parece longo, mas o atraso é de 2 ou 3 segundos.

Curiosidades

  • A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) exige que 98% das palavras da closed caption sejam grafadas corretamente. 
  • Cada emissora é obrigada a transmitir 8 horas diárias de programação com closed caption (4 horas de manhã e 4 horas à tarde ou à noite). Nem todas cumprem a regra. 
  • O teclado não tem símbolos, mas é tátil, o que permite o uso até por deficientes visuais.

Fonte: Revista Galileu via TURISMO ADAPTADO

Vídeo mostra o braço biônico que faz de tudo, com estímulos do cérebro


Da ficção para a realidade.

O braço biônico já é realidade e funciona tão bem que impressiona!

A prótese, mais do que ajudar a suprir a necessidade de quem teve um braço amputado, faz serviços que seriam inacreditáveis, tempos atrás.

A mão permite que Nigel Ackland, 53, que perdeu seu braço em um acidente há seis anos, manuseie vegetais, pegue uma garrafa, digite algo no computador e possa se vestir sozinho pela primeira desde a amputação.

A Bebionic3, que ainda está passando por testes, responde aos estímulos enviados pelos músculos.

Quem criou a mão do futuro foi a empresa RSLSteeper.

A versão mostrada no vídeo é o terceiro protótipo. Nele,  Nigel mostra tudo que consegue fazer agora com o novo braço, o Bebionic 3.



Fonte: Só Notícia Boa- Com informações do Adnews.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Biblioteca do Centro Cultural São Paulo possui o maior acervo Braille do Brasil

Planejada e equipada para atender os usuários com deficiência visual, reúne 6.159 títulos, entre livros em braille e audiolivros, além de computadores com programas específicos para a acessibilidade dos usuários. O acervo inclui obras didáticas e paradidáticas para alunos do ensino fundamental, médio e universitário, literatura infanto-juvenil, obras de ficção, com clássicos da literatura brasileira e portuguesa e periódicos falados.

Os empréstimos são feitos para os inscritos na biblioteca ou por meio de parceria com os Correios, que envia o material solicitado para qualquer cidade do Brasil. Para isso, é necessário que o deficiente visual seja cadastrado na Biblioteca e resida fora da cidade de São Paulo. A solicitação deve ser feita por telefone ou carta. A Louis Braille também atua como editora, produzindo livros em braille e audiolivros.

A Biblioteca Braille (nomeada Biblioteca Louis Braille desde 2008) foi idealizada por Dorina Nowill e viabilizada, em 1947, por Lenyra Fraccarolli, que na época era diretora da Biblioteca Infantil (atual Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato). No início, destinava-se especialmente ao público infantil, possibilitando, pela primeira vez no país, o acesso de crianças cegas a uma biblioteca. Com o sucesso da iniciativa e a demanda crescente, as atividades de transcrição aumentaram e se diversificaram, passando a incluir obras literárias e didáticas.

Em 1986, a Braille foi transferida para o Centro Cultural São Paulo, principalmente porque a nova localização garantiria mais acessibilidade aos usuários. Além da leitura, a Biblioteca oferecia às crianças diversas atividades de integração e vivência artísticas, como teatro, dança e música. A partir de 2003, a Braille passou a oferecer também acesso à Internet por meio do projeto Abrindo os olhos, que, em parceria com a IBM, disponibilizou 17 computadores adaptados.

Centro Cultural São Paulo
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso - CEP 01504-000 - São Paulo – SP
O acesso pelo metrô é a maneira mais fácil de chegar ao Centro Cultural São Paulo. Localizados junto à estação Vergueiro, linha azul (norte-sul).
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 19h; sábados e feriados, das 10h às 18h. (A entrada é permitida até 30 minutos antes do fechamento)
Informações: 3397-4088 ou pelo e-mail bibliotecabraille@prefeitura.sp.gov.br

Alzheimer: pílula para reverter a doença entra na última fase de testes, em humanos

A esperança para deter o Alzheimer pode chegar em quatro anos ao mercado.

Um remédio experimental contra a doença entrou na terceira fase de testes, em humanos, em Cingapura. Ou seja, já passou por 2 testes e teve êxito.

Esta será a última fase, antes de o medicamento poder ser comercializado.
 O remédio, batizado LMTX, foi criado por cientistas britânicos, coordenados por Claude Wischik, da Universidade de Aberdeen, e depois foi produzido pela TauRx Therapeutics, uma empresa privada de biotecnologia.
 A droga ataca a doença com o bloqueio da formação de uma proteína, denominada tau, que induz à criação de nós no interior das células cerebrais.

Para muitos cientistas, a proteína tau é uma das mais importantes causas do Alzheimer.

A pesquisa em Cingapura vai envolver o acompanhamento de 883 pacientes com Alzheimer ao longo de 12 meses e depois outros 500 voluntários, que sofrem da doença degenerativa durante 18 meses.

Os ensaios já começaram nos EUA e a equipe vai também recrutar participantes na Europa e na Ásia.

Na fase anterior foi analisado um remédio denominado "Rember", que foi melhorado e deu origem ao LMTX, que libera a mesma substância ativa na corrente sanguínea, mas de uma forma mais eficiente, revelou a companhia.

Claude Wischick, que coordenou o desenvolvimento do medicamento, disse ao jornal britânico Daily Mail que este "mata doença" "se for tomado precocemente, permite fazer a doença retroceder".

Confiante no sucesso do remédio, Wischick defendeu a droga: "Mesmo que a doença continue a progredir, mas muito mais lentamente, os pacientes poderão ficar em casa com os seus entes queridos em vez de ir para instituições para receber cuidados médicos", declarou.

"Porém, esperamos que, se a administração da pílula for feita suficientemente cedo, seja possível parar a degeneração cerebral ou pôr-lhe um grande travão", concluiu.

Caso se comprove que o LMTX é seguro e eficaz, e se for aprovado pela entidade reguladora da saúde, o remédio poderá chegar ao mercado nos próximos quatro anos.

Foi o que informaou a companhia durante a conferência Clinical Trials on Alzheimer's Disease, recentemente em Monte Carlo, no Mônaco.


Fonte: Só Notícia Boa - Com informações do Daily Mail.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Remédio contra esclerose múltipla diminui crises: eficácia nos testes

O medicamento “alemtuzumabe”, normalmente utilizado para tratar a leucemia, provou ser eficaz no combate à esclerose múltipla.

A droga diminuiu a ocorrência de novas crises e reduziu a atrofia cerebral.

É o que mosrtra um estudo desenvolvido pela Universidade de Cambridge.
 Os resultados foram publicados na semana passada na revista The Lancet.
De acordo com o estudo, coordenado pelo cientista Alasdair Coles, a droga é mais eficaz do que os medicamentos usados até agora para controlar a esclerose múltipla porque reduz a incidência de novas escleroses nas fibras nervosas do cérebro, que causam as atrofias cerebrais e as crises.

Para este estudo foi analisado um grupo de 1.421 pessoas portadoras da doença, com idades compreendidas entre os 18 e 55 anos.

A amostra para esta pesquisa foi dividida em pacientes que já tinham sido submetidos a algum tratamento para doença e pacientes que nunca tinham feito qualquer terapia.

Na fase dos testes clínicos verificou-se que os pacientes que faziam o tratamento para a doença, mas continuavam a manifestar crises, registaram uma queda nas crises de quase 50%, após ingestão do “alemtuzumabe”.

Isso em compração com os resultados do medicamento usado para conter esta doença, o interferon beta-1a (Rebif).

Para os doentes que nunca efetuaram qualquer tipo de tratamento, os resultados da utilização do “alemtuzumabe” foram semelhantes, observando-se uma diminuição significativas das crises.

Para além destes resultados, verificou-se que ao fim de dois anos, 65% dos doentes não tiveram nenhuma crise enquanto tomavam este medicamento, enquanto no grupo que recebeu outro medicamento este valor foi de 47%.

Apesar dos benefícios desta droga e do seu grau de eficácia, Alasdair Coles ressalva que este medicamento pode ter efeitos colaterais, como o aparecimento de outras doenças auto-imunes, como a tireóide, que se desenvolveu em  20% dos pacientes. Os médicos esperam contornar o problema com uma alta monitorização.

Detalhes do estudo no The Lancet.