sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mensagens de respeito à diveridade fazem parte das semifinais da Eurocopa 2012

Mensagens de respeito

Os capitães da Espanha e Portugal, manifestaram-se contra o racismo à frente de seu confronto semi-final. Os capitães da Alemanha e da Itália também expressaram uma mensagem semelhante quando se reuniram-se na noite da segundo jogo da semi-final.
As mensagens anti-discriminação que abrem a EUROCOPA 2012 fazem parte do Programa de Respeito à Diversidade da UEFA. O programa é executado em conjunto com a parceira da UEFA na campanha anti-racismo, a rede FARE, e parceiro regional, a Associação Never Again.

Uma mensagem de respeito também será transmitida através de uma breve corografia, pouco antes do pontapé de saída, em ambas as semi-finais.

Mensagens de Anti-discriminação no centro das atenções

Rafal Pankowski da Associação Never Again declarou, “Como a EUROCOPA 2012, é o maior evento esportivo já realizado na Europa Oriental e Central, alcançamos seus últimos estágios satisfeitos que a mensagem de anti-discriminação será o centro do palco, através das atividades respeitam a diversidade. Esperamos que toda a Europa possa se juntar a nós na partilha da nossa visão de uma sociedade que é livre de preconceitos e enriquecida por todas as nossas diversidades “.

“Acreditamos também que um dos legados de sediar os EURO aqui será uma maior compreensão da gravidade da intolerância e um compromisso renovado, em palavras e ações, para construir sociedades inclusivas progressistas.”, Acrescentou.

“Respeito à Diversidade – O futebol une”

UEFA tem vindo a trabalhar em estreita colaboração com a rede FARE no Programa “Respeito a Diversidade – O futebol une’. O programa inclui mensagens de anti-discriminação em cada jogo, o acompanhamento nos jogos, um protocolo para relatar casos de racismo e um compromisso de tomar medidas contra os infratores.

O programa de Respeito à Diversidade também inclui uma linha direta para os fãs de relatar condutas racistas e discriminatórias, enquanto “Zonas inclusivas”, oferecem espaços acolhedores para os fãs na Polónia e Ucrânia.
Saiba mais sobre a campanha Respeito à Diversidade da UEFA

Treinamento Anti-discriminação

UEFA relata que, “mais de 80.000 policiais e delegados na Polónia e Ucrânia receberam treinamento de anti-discriminação para ajudá-los a identificar e evitar cânticos discriminatórios, símbolos e comportamentos”.
Árbitros têm o poder

No início da fase final do EUROCOPA 2012, UEFA reiterou sua política de tolerância zero contra o racismo. Após uma reunião do Comitê Executivo, a UEFA afirmou, “aos árbitros já foi dado o poder de suspender ou abandonar partidas em caso de incidentes racistas.”

Fonte: Sportanddev via Turismo Adaptado

Cegos e cadeirantes enfrentam ‘maratona de obstáculos’ em SP

Deficientes reclamam
de orelhões, buracos e degraus
nas calçadas.

Prefeitura estima que 12% da população
enham alguma deficiência na cidade.

Leia matéria completa no G1,

segunda-feira, 25 de junho de 2012

PORTARIA DEFINE REGRAS PARA ALVARÁS DE TÁXIS HÍBRIDOS, FLEX E ACESSÍVEIS



A Prefeitura de São Paulo anuncia nova medida para estimular a criação de uma frota de transporte que utiliza combustíveis renováveis, com a autorização para a emissão de 290 novos alvarás de táxis, sendo 116 para veículos híbridos, movidos a energia elétrica e álcool/gasolina, 116 para carros "flex" e 58 para "táxis acessíveis" destinados a atender passageiros com mobilidade reduzida.

 Somente empresas de frotas de táxi, devidamente cadastradas no Departamento de Transportes Públicos (DTP), poderão se credenciar para obter os alvarás.

Os 290 Alvarás de Estacionamento de Táxis estarão sendo disponibilizados em 58 pacotes fechados de 5 Alvarás cada: dois Alvarás deverão estar vinculados a veículos movidos por energia de propulsão elétrica ou híbrida originais de fábrica.

Um Alvará deverá estar vinculado a um veículo a álcool ou "flex" acessível e dois Alvarás deverão estar vinculados a veículos movidos por motores com combustão a álcool ou "flex".

São Paulo possui projeto piloto de táxis elétricos inédito na América Latina.

Dois veículos já estão em operação na cidade desde o início de junho.




Nova tecnologia ajuda deficientes auditivos a usar o computador

Um programa de computador traduz textos para a língua de sinais, usada por deficientes auditivos.

Pesquisadores da Universidade de Campinas, em São Paulo, criaram um programa de computador que traduz textos para a língua dos sinais, usada por deficientes auditivos.

“Olá, meu nome é Alícia”. Essa é a apresentação em libras do Avatar, figura humana representada no computador. Alícia é uma interprete virtual.

A cada texto digitado pela pesquisadora em português, faz a tradução para libras, a língua dos deficientes auditivos.

“O grande diferencial do nosso sistema é que não tem nada pré-gravado. Então a gente viu qual era a configuração da mão de cada sinal, como que as juntas da mão, do corpo se movimentavam para realizar essa articulação. Tudo isso foi descrito em um texto e gerado então a animação a partir desse texto”, explica Wanessa Machado Amaral, engenheira de computação.

O programa desenvolvido pelo Departamento de Computação da Universidade de Campinas permite ao Avatar reconhecer todas as letras do nosso alfabeto. E a partir daí traduzir os textos digitados.

Sony trabalha em óculos que mostra legenda de filmes para deficientes auditivos
Israelenses criam luvas que transformam linguagem de sinais em mensagens de texto

A nova tecnologia foi inspirada no trabalho das intérpretes de libras que aparecem no início dos programas de televisão.

“Nós temos a perspectiva de que no futuro essa tecnologia pode trabalhar em conjunto com o close caption, que nós temos hoje nos televisores, que é aquela legenda embaixo da programação”, diz a engenheira.

O Brasil tem hoje quase 6 milhões de pessoas com deficiência auditiva, o equivalente a população de Goiás.

Convidamos o adolescente Luis Felipe para conhecer a novidade. Ele não teve dificuldades para a compreensão.

Outros países já desenvolveram programas semelhantes. Mas esse é o primeiro no Brasil na língua de sinais. No futuro, o Avatar pode traduzir todo o conteúdo de internet.

O próximo passo da pesquisa é fazer o Avatar se comunicar com os seres humanos para prestação de serviços.

“A pessoa pode pedir informação num pronto socorro, numa repartição pública, eventualmente até num aeroporto, para que ela possa, ela pessoa surda, gesticular, fazer a pergunta, o sistema capturar, interpretar e responder através do Avatar”, diz o orientador da pesquisa da Unicamp, José Mário de Martino.

Fonte: G1

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Prioridade Virou Uma Roubada

(por Jairo Marques)

Acho que todo “malacabado” e todo “véio” deste país já começou a sentir a mudança seja na fila do banco, seja na do supermercado ou do aeroporto.

Os espaços que antes eram tidos como “atendimento de prioridades” estão ficando muuuuuito zoneados, me perdoem a palavra, mas é isso mesmo.

Como tudo neste país não é feito por cidadania e sim por pressão da lei e da fiscalização, as empresas têm cumprido as regras de qualquer maneira, só para cumprir tabela mesmo.

Podem botar reparo que, como a demanda aumentou muito, os ‘dificientes’ estão saindo mais e o povão tá ficando mais velho, os espaços que antes eram pouco disputados, agora, são mais concorridos que liquidação de zorba na feira…

Pois bem. Se eu opto pelo caixa prioritário no local onde compro meu arroz com feijão, demoro muito mais tempo que os mortais que pegaram as filas comuns…

“Uai, tio, tá louco?! Como assim cê fala?”

Seguinte, invariavelmente, um ou dois dos caixas de “atendimento preferencial” está fechado, sabe lá Zeus a razão. Resultado, junta os “zimininos” tudo num lugar só, numa fila interminável.

A prioridade virou uma roubada. Os idosos que não aguentam ficar muito tempo em pé se digladiam pelos banquinhos disponíveis e ficam tempo demais para desempatarem suas vidas.

Anteontem fui tomar um urubuzão voador nos aeroporto das Congonhas (alguém sabe me dizer o que é uma congonha?  ) e quem estava à minha frente nas prioridades? Aquela moça bonita da Débora “Aseco”.

Não sei se ela está grávida ou sei lá o quê, mas, aparentemente, a danada não se encaixava no perfil para quem aquela fila era reservada. E sabem o tamanho da fila? Enooooorme.

“Mas você quer o quê? Pãozinho com manteiga e cafezinho quente?!”

Acho que esse modelo de atendimento está esgotado, pelo menos nas grandes cidades. As pessoas que são prioridades aumentaram demais em número e alguém precisa olhar para isso com seriedade.

Em diversos casos, essa “regalia” faz muito sentido. Uma mãe com bebê no colo ou carregando um moleque na barriga não pode ficar em pé por um tempão. Cadeirantes precisam de um caixa mais largo e mais baixo, velhinhos, como eu já disse, podem precisar de um apoio na hora de embalar as compras.

E o que fazer? Penso que TODOS os guichês de atendimento ao público tinham de passar a ser acessíveis e passar para a frente das filas quem o direito.

Acho que apenas aumentar o número seria uma solução paliativa, que duraria pouco tempo para ser problema de novo.

Claro que vai dar flight, que vai dar confusão, mas algo é preciso ser feito. O que deveria ser uma “vantagem” para igualar está virando um suplício. Alguém tem mais sugestões?

Beijos nas crianças e bom final de semana!

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO RECEBE SIMPÓSIO SOBRE ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

(22/6/2012 - 11h56)


A Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (Abrela) realizou nesta sexta-feira na Câmara Municipal a abertura de seu XI simpósio nacional, que tem o objetivo de apresentar e discutir os principais tópicos relacionados ao diagnóstico, tratamento e estudos sobre a doença.

Apesar de sua baixa incidência, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma síndrome grave, que causa paralisia progressiva em músculos de todo o corpo, comprometendo mesmo atividades como a respiração e a deglutição. Trata-se da forma mais comum das doenças do neurônio motor.

Através da discussão e da análise conjunta do tema, segundo a Abrela, espera-se oferecer uma melhor qualidade de vida aos portadores da doença e seus familiares e, também, encontrar novas abordagens terapêuticas.

O simpósio promovido pela associação acontece nesta sexta-feira e no sábado no Salão Nobre da Câmara Municipal. Informações sobre a programação estão disponíveis no site www.abrela.org.br.


Fonte: CMSP

‎7 ª Semana de Inclusão Educacional: Diálogo, Compreensão e Ação


O seminário, realizado pelo sétimo ano consecutivo é uma promoção do Senac Consolação e se realizará de 3 a 7 de julho.


Com o objetivo de proporcionar um espaço de vivência, compartilhamento de experiências, integração e reflexão em torno do tema inclusão social e educacional, diversos profissionais renomados do mercado foram convidados para seis atividades, como palestras, debates e apresentações de teatro, com temas direcionados para o paradigma da inclusão frente ao mercado de trabalho.

O evento terá a audiodescrição e interpretação em Libras.

Serviço

Senac Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 228 – 1º andar – Centro- São Paulo – SP
E-mail: consolacao@sp.senac.br
Telefone: 11.2189-2100
Data e Horário: 03/07/2012 até 07/07/2012
Preço: Participação gratuita

Veja como inscrever-se.

Informações

Colabore com nossas atividades sociais trazendo um item de higiene pessoal que será doado para a Associação de Apoio à Promoção Humana Novos Rumos.

Programação

Exposição da artista plástica Eliana Zagui
Data e horário: 03/07/2012 até 06/07/2012 das 14 às 19 horas

Eliana Zagui é artista plástica da Associação de Pintores com a Boca e os Pés e autora do livro Pulmão de Aço.

Feira de Oportunidades
Data e horário: 03/07/2012 até 06/07/2012 das 14 às 19 horas

Espaço para cadastramento e captação de currículos de pessoas com deficiência.

Mesa de debates: O paradigma da inclusão frente ao mercado de trabalho
Data e horário: 06/07/2012 das 19 às 21 horas

Ana Beatriz Pierre Paiva – Integrante do Conselho de Administração da Carpe Diem, apresentadora e coautora do livro Mude seu falar que eu mudo meu ouvir.

Eliane Ranieri – Gerente de Diversidade & Inclusão da IBM América Latina, com experiência em educação de lideranças, como facilitadora dos programas de desenvolvimento para gestão de pessoas.

Felipe Elias Bueno, Ana Paula Rodrigues e Raquel Rieckmann – Integrantes da equipe de jornalismo da Rádio SulAmérica Trânsito, responsável pelo projeto Igualdade Ainda Deficiente que apresenta série de reportagens sobre as questões relacionadas às dificuldades de deslocamento das pessoas com deficiência pelas ruas da cidade de São Paulo.

Flávio Gonzalez – Gerente de Processos de Inclusão da Avape – Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência, atua há 16 anos na inclusão de pessoas e programas de responsabilidade social com foco na Diversidade Humana.

Julia Rosemberg – Gerente de projetos da I.Social, na qual auxilia empresas na inclusão responsável de profissionais com deficiência, por meio da conscientização dialógica e de ações contundentes de responsabilidade social.

Palestra: Pessoas com Deficiência e Suas Interações no Mercado de Trabalho, com Emílio Figueira

Data e horário: 07/07/2012 das 9h30 às 11 horas

Uma inclusão no mercado de trabalho dependerá também de uma boa convivência no ambiente profissional. Se o empregador e os funcionários se atentarem para esse detalhe, mais que as metas produtivas, as interações sociais serão experiências enriquecedoras para todos os envolvidos.

Emílio Figueira: Doutor em Psicanálise, pós-graduado pela USP, jornalista, psicólogo e escritor com 87 artigos científicos e 38 livros publicados, entre eles: O que é Educação Inclusiva e Caminhando em Silêncio – Uma introdução à trajetória da pessoa com deficiência na história do Brasil.

Conversa com Eliana Zagui e Paulo Henrique Machado
Data e horário: 07/07/2012 das 11 às 12 horas

Eliana Zagui é artista plástica da Associação de Pintores com a Boca e os Pés e autora do livro Pulmão de Aço.

Paulo Henrique Machado é designer gráfico e desenvolvedor da arte utilizada nas peças de divulgação dessa edição do evento.

As diferenças e semelhanças entre ouvir e escutar, com Lak Lobato
Data e horário: 07/07/2012 das 13h30 às 15h

A partir de sua experiência de como se tornou surda oralizada e as implicações na sua vida social e profissional, Lak abordará as dificuldades de adaptação de surdos oralizados e com implante coclear no ambiente educacional e profissional.

Lak Lobato
Formada em comunicação social pela Universidade Anhembi Morumbi. Fotógrafa, publicitária, redatora, trabalha como analista de endomarketing de uma multinacional. Autora do blog “Desculpe, não ouvi!” sobre deficiência auditiva focada em oralização, uso de próteses auditivas e implante coclear. Assina uma coluna semanal sobre acessibilidade, no site “Acessibilidade Total” e na revista on-line “Acesso Total”.

Palestra: O diferencial e as diferenças no mercado de trabalho, com Roseli Behaker Garcia
Data e horário: 07/07/2012 das 15h às 16 horas

Atualmente, ter um diferencial é um fator considerável para se obter êxito e sucesso no trabalho. Para tanto, é necessário saber lidar com pessoas diferentes, sejam elas com deficiência ou não.

Roseli Behaker Garcia

Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pós-graduada em Linguagem das Artes pela Universidade de São Paulo. Profissional da área de recursos humanos há 17 anos na Universidade Presbiteriana Mackenzie e ministra palestras sobre inclusão, mercado de trabalho, motivação. Representou o Brasil no Congresso Internacional para Mulheres com Deficiência Visual no Canadá em 1996.

Apresentação teatral Projeto Mix Menestréis, dirigido por Deto Montenegro
Data e horário: 07/07/2012 das 16h15 às 17 horas

Um dos vários projetos que integram a Oficina dos Menestréis, empresa de Teatro Musical com excelência comprovada tanto pela linguagem original e vocabulário próprio, quanto pela contribuição significativa para formação de público e inclusão social.


terça-feira, 19 de junho de 2012

E se eu não fosse... (Por Jairo Marques)

E se eu não fosse...

Projetar aquilo que a gente não é pode ajudar a valorizar, a dar carinho, àquilo que a gente de fato é.




É CERTO que toda pessoa que habita este mundo e que tenha a carcaça avariada como eu já pensou algumas vezes ao longo da existência em como seria a vida "se não fosse" a condição de paralisia, de cegueira, de surdez, de inabilidades gerais do esqueleto ou da cachola.

Essa reflexão se diferencia, a meu ver, daquela "e se eu não fosse" tradicional, usada pelos mortais comuns. Essa dá e passa logo porque, afinal, para ser milionário tem a loteria, para ser loira tem a água oxigenada, para ser magro tem o picote no estômago, para ser mais bonito tem o Pitanguy, para esvaziar o saco cheio tem o passeio no parque.

Mas, para voltar a bater perna livremente, para ouvir os gracejos da novela, para ver o raiar do sol, é preciso esperança em um tal ratinho que encheram de eletrodos no Japão, em outro que tomou chá de células-tronco na China e em diversos voluntários que tomam agulhadas da ciência ao redor do planeta.

Logo, o "e se eu não fosse" para esse povo é calcado em uma esperança de algo que ainda não existe. E vai tempo, e vai estudo, e vai teste para que surja algo que abra caminho para uma mudança de realidade. Tem também o lance do "milagre", da força da fé, mas isso é motivo de outra prosa.

De minha parte, "se eu não fosse" cadeirante, acho que seria mais leve tanto por não ter de tocar os dez quilos da minha charrete como por não ter de me programar exageradamente para conseguir atuar em sociedade.

É um tal de pensar se vou caber no banheiro da casa da sogra, se a mesa da reunião será muito alta e vou ficar escondido atrás dela, se vai haver rampa na entrada do pé-sujo onde vai acontecer o happy hour com os amigos, se as calçadas da cidade do futuro veraneio vão ser boazinhas para meu ir, vir e tomar uma brisa.

Botar na roda o questionamento "e se eu não fosse assim", porém, não é de todo ruim. Projetar aquilo que a gente não é pode ajudar a valorizar, a dar carinho, àquilo que a gente de fato é.

Não enxergar muito bem pode ser compensado com mais poder às papilas gustativas que vão decifrar fácil os segredos do bolo de cenoura daquela tia de Sorocaba. Usar aparelho no ouvido é ter prerrogativa "maraviwonderful" de se desligar do mundo na final do campeonato em que o vizinho grita desesperado pela janela.

Ter incapacidades sérias de interagir com outros seres viventes é oportunidade de examiná-los em detalhes, de ter uma perspectiva de escafandrista enquanto todos os outros se imaginam borboletas lindas e perfeitas que se esquecem de que foram lagartas, que se esquecem de suas efemeridades.

Ok. Admito que é gostoso e diverte a alma imaginar possibilidades, brincar de desenhar para o cotidiano da gente certas sensações inéditas e aparentemente inatingíveis. Sem falar que, no campo imaginativo, nas "viagens na maionese", nós podemos ser verdadeiramente iguais uns aos outros.

Porém, quando o galo canta e o homem se levanta, ele será exatamente aquilo que as circunstâncias da existência o fizeram, com a chance de moldar "apenas" seu caráter, sua maneira de interagir e de aproveitar as 24 horas do dia.

Kenguru EV, o carro verde para motoristas cadeirantes

Kenguru EV, o carro verde para motoristas cadeirantes.
Empresa americana desenvolve veículo
elétrico de US$ 25.000 para deficientes
Até os automóveis para motoristas com necessidades especiais estão aderindo às tendências ecológicas de mobilidade. A empresa Community Cars, baseada dos Estados Unidos, criou o Kenguru EV, o primeiro carro elétrico desenvolvido exclusivamente para o deslocamento de cadeirantes.

O veículo, que leva apenas o motorista em sua cadeira de rodas, possui um motor alimentado por baterias de íon lítio e rende 2,3 cavalos de potência e torque máximo 15,2 kgfm. Segundo a fabricante, é o suficiente para atingir 45 km/h até 100 km sem precisar recarregar.




O acesso ao veículo é por uma porta traseira elétrica, que quando aberta libera uma pequena rampa que facilita a entrada do cadeirante à cabine a partir de uma calçada. Já a condução é por meio de uma espécie de joystick, que contém todos os comandos do Kenguru, que nos EUA custa US$ 25.000 (cerca de R$ 51.580).

Para rodar sem emitir gases poluentes, o Kenguru EV foi construído com foco em eficiência, por isso é pequeno – tem meros 2,12 metros de comprimento – e leve – marca 550 kg (200 kg só de baterias) na balança. Segundo a empresa americana, o chassi do carrinho é de aço e carroceria de fibra de vidro.

Ainda focado apenas nos EUA, onde pode circular somente em alguns estados, o Kenguru EV ainda não é cogitado para exportação.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Presidente da APO diz que acessibilidade na Olimpíada é prioridade

A questão da acessibilidade para os Jogos Olímpicos de 2016 é prioritária neste momento, avalia o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), o ex-ministro Marcio Fortes. “O momento é agora ou nunca. Porque agora, na elaboração dos projetos, você vai dizer o que fazer“, disse ele, em entrevista à "Agência Brasil".
Segundo Marcio Fortes, este ano terão início os projetos básicos das instalações dos Jogos, na Barra da Tijuca, que se estenderão até fevereiro de 2013. Além disso, há os projetos executivos, cuja previsão de conclusão no estado é abril do próximo ano.

O presidente da APO vai discutir com a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e representantes dos ministérios públicos Federal e Estadual a necessidade de se fazer algum ajuste na área da acessibilidade para os Jogos Olímpicos.

No dia 4, foi realixada uma reunião com o Ministério Público Federal, em Brasília, sobre o tema. O debate envolveu também as entidades representativas de pessoas com deficiência.

A discussão da acessibilidade durante os Jogos envolve a questão dos percentuais aplicáveis às exigências legais ou aos interesses dos organizadores. Marcio Fortes destacou que a tendência inicial é seguir a lei do país no que se refere às pessoas com deficiência.

A legislação brasileira estabelece que 2% da capacidade dos estádios têm que estar reservados a pessoas que precisam de cadeiras de rodas para se locomover e seus acompanhantes, que não podem estar concentrados em uma única área determinada. No exterior, o percentual estabelecido é 1%. "É preciso discutir os percentuais aplicáveis às exigências legais ou de práticas anteriores", destacou Marcio Fortes.

O respeito aos direitos das pessoas com deficiência está relacionado às instalações, no caso de cadeirantes; ao piso tátil, no caso de pessoas com deficiência visual; e a acompanhantes, para quem tem deficiência auditiva.

Marcio Fortes Fortes informou que a Lei Geral da Copa, aprovada pelo Congresso Nacional, trata da reserva de bilhetes para pessoas com necessidades especiais. “Mas não fala em 2%”. As entidades poderão negociar até 1% do total de bilhetes disponibilizados para esse segmento da população, condicionados à existência de facilidades específicas, entre as quais rampas e banheiros com portas maiores e barras de apoio.

Em Londres, onde serão realizadas as Olimpíadas deste ano, foi definido que 1% dos bilhetes poderá ser vendido para cadeirantes. O pleito dos organizadores dos Jogos no Brasil é que sejam adotadas regras mais flexíveis, com percentual de 1% nas Olimpíadas e 1,5% nas Paraolimpíadas.

Segundo Marcio Fortes, a questão da bilheteria pode estar por trás dos problemas relativos à acessibilidade para pessoas com necessidades especiais. Ele lembrou que alterações nos projetos representam aumento de custos. Por outro lado, disse que é preciso atentar para a segurança das pessoas com deficiência.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Marvel cria super-herói para ajudar garoto de 4 anos com deficiência auditiva



Anthony Smith ganhou uma versão em quadrinhos de si mesmo que irá acompanhar “Os Vingadores no futuro”

Anthony Smith, de New Hampshire (Estados Unidos), recebeu um presente de dar inveja em muito grandalhão por aí. A criança ganhou um super-herói exclusivo, inspirado em si mesmo, da editora americana Marvel.

Anthony, de apenas 4 anos, não possui audição do ouvido direito e quase não consegue escutar com a orelha esquerda. Inspirado por seus personagens favoritos, o menino decidiu que não iria mais usar seu aparelho auditivo já que os heróis também não utilizam. Diante dessa situação, a mãe do garoto enviou um e-mail para a Marvel explicando o caso.

Não demorou muito para que a editora entrasse em contato com ela. Anthony ganhou da Marvel os desenhos de dois super-heróis: o primeiro, intitulado Hawkeye, perdeu 80% da audição e usa um aparelho auditivo para conseguir escutar melhor. O segundo, chamado Blue Ear, também faz uso do dispositivo. O nome “Blue Ear” (“Orelha Azul”, na tradução livre) faz referência ao aparelho que o menino de 4 anos usa, ou seja, da cor azul, é uma espécie de versão do próprio Anthony em quadrinhos.

Bill Rosemann, editor da Marvel, contou ao Huffington Post que, quando o personagem de Anthony crescer, irá acompanhar os personagens de Os Vingadores em várias aventuras.

A mãe agora diz que seu filho tem orgulho de usar o aparelho auditivo.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Laboratório de Inclusão promove IV Inclusão sem Censura

Promovido pelo Laboratório de Inclusão da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), o IV Inclusão sem Censura traz, na sua quarta edição, a temática "Patrimônios Históricos: Acessibilidade X Tombamento". Dia 18 de junho, das 13h às 17h, no auditório da STDS, o evento expõe debate relacionado à reforma para a acessibilidade do Theatro José de Alencar.

O IV Inclusão sem Censura tem como objetivo apresentar as divergências e flexibilidades existentes nas aplicações das Leis da Acessibilidade e do Tombamento. Para debater o tema, o IV Inclusão sem Censura convidou Silêda Franklin, diretora administrativa do Theatro José de Alencar (TJA); Robledo Duarte, arquiteto do Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE); Nadja Pinho, titular da Coordenadoria de Pessoas com Deficiência (Copedef); e Célia Maria Perdigão, arquiteta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Realizado semestralmente pelo Grupo de Informação e Consciência Humana do Laboratório de Inclusão, o IV Inclusão sem Censura conta também com apoio da STDS. As inscrições podem ser feitas através do link: http://goo.gl/jpPfS. Será emitido certificado de participação. O evento terá intérprete de Libras para pessoas com deficiência auditiva.

Mais informações: (85) 3101-2123 e 3101-4583 ou labdeinclusao@gmail.com


No Dia dos Namorados, deficientes visuais contam seus romances



Afinidade e companheirismo sustentam histórias de amor e superação. Casais falam sobre seus relacionamentos e valorizam união.

Eronilda Mendes e Luís Carlos Santos revivem emoções da adolescência (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)Dizem que o amor aguça os sentidos do corpo humano. Olfato, visão, tato, paladar e audição ficam mais sensitivos quando o coração acelera, quando estamos apaixonados. Mas e se não houver um desses sentidos, as outras sensações ficam mais aguçadas? Já pensou na possibilidade de se privar de um desses sentidos para tornar um relacionamento mais gostoso? Casais de deficientes visuais comprovam que a impossibilidade de enxergar não atrapalha a relação, e ainda aproveitam o fato para valorizar o que realmente importa: a beleza interior.

O casal Eronilda Mendes, de 51 anos, e Luís Carlos Santos, 55 anos, conta estar revivendo emoções da adolescência. Ambos são deficientes visuais e estão namorando há cerca de dois meses. Eles se conheceram no Lar das Moças Cegas, um centro de educação e reabilitação em Santos, no litoral de São Paulo. “Senti uma afinidade durante as nossas conversas. Hoje percebo que ela é a pessoa que sempre procurei. Ela me completa”, diz Luís Carlos.

Eronilda e Luís já foram casados anteriormente com pessoas sem deficiência visual. Mas eles afirmam que a relação atual não é mais difícil, e sim, com mais cumplicidade. “Eu consigo enxergar vultos e sombras, mas a Eronilda não consegue ver nada. Então às vezes eu a guio, amparo, ou desacelero o meu passo para acompanhar o ritmo dela”, afirma o namorado.

Ela também ressalta que o relacionamento está fazendo com que ela ultrapasse barreiras. “Eu nunca tinha saído da minha cidade sozinha, me sentia insegura. Mas na semana passada, pela primeira vez na vida, peguei um ônibus da cidade onde eu moro e fui até Praia Grande só para encontrá-lo. Olha o que o amor não faz”, comenta Eronilda.

O casal afirma que a deficiência visual faz com que eles se sintam melhor. Segundo Luís, a presença física da namorada é percebida logo. Ele conta que ela nem precisa falar quando chega perto. “Eu sinto a presença dela pelo cheiro, pelo acelerar do coração”, diz.
Eronilda conta que o coração acelera tanto que, as vezes, fica difícil controlar as emoções. “Acabamos de levar uma advertência da coordenação do Lar, por dar uns “selinhos mais calientes” na porta da instituiçã”, diverte-se.

Casados

A telefonista Milena Ribeiro, de 29 anos, e o professor Gilmar Ribeiro, de 36 anos, também são deficientes visuais. Eles mantêm um relacionamento há oito anos, sendo dois de casamento. Eles moram sozinhos e levam uma vida normal e feliz.
Questionados sobre a importância de conhecer a aparência física do parceiro, Gilmar diz que gosta da esposa pela pessoa que ela é, pela beleza interior. “Já ela gostou de mim porque pegou no meu braço e sentiu meus músculos”, brinca. Milena desmente, e afirma que se apaixonou pelo companheirismo do marido, pelas conversas e a afinidade.

Para o Dia dos Namorados, os casais comentam que não se importam muito com bens materiais. Milena diz que é romântica e gosta de preparar surpresas, como caixas com doces e cestas com muitos embrulhos. Gilmar prefere que a amada escolha o presente. Já o casal Eronilda e Luís pretende comprar alianças, pelo símbolo de união que o objeto representa. Os quatro, porém, possuem a mesma opinião. O que importa para os dois casais nesta data são os sentimentos.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Os Surdos Não São Mudos


Por Marcus Vinicius Batista Nascimento*.


Mudo é aquele que não faz uso de seu aparelho fonador para a fala ou qualquer outra manifestação vocal. Pessoas ou crianças psicóticas, por exemplo, podem apresentar mudez como um sintoma de sua alteração psíquica

É comum ouvirmos de pessoas leigas a expressão “surdo-mudo”. Aqui há um equívoco que precisa ser esclarecido.

O pensamento parece lógico: é de senso comum que aprendemos a falar ouvindo. Logo, se não ouvem, os surdos não aprendem a falar.

Mas o termo “mudo” não surge necessariamente dessa relação. Mudo é aquele que não faz uso de seu aparelho fonador para a fala ou qualquer outra manifestação vocal. Pessoas ou crianças psicóticas, por exemplo, podem apresentar mudez como um sintoma de sua alteração psíquica. Há ainda aqueles que, por serem acometidos por câncer na laringe, fazem uma laringectomia (cirurgia para a retirada do órgão responsável pela produção sonora da fala), tornando-se temporariamente “mudos”, pois, ainda assim, podem reaprender a falar usando outras estratégias, como a voz esofágica (produzida pelo esôfago).

Se não acometidas por alterações psíquicas e/ou orgânicas que interfiram em suas pregas vocais, pessoas surdas podem sim produzir sonorização vocal. Ainda que se comuniquem pela Língua de Sinais e não saibam falar, apresentam vocalizações ao sinalizar e usam a voz quando estão em perigo. Além disso, podem desenvolver a linguagem oral por meio de um processo terapêutico fonoaudiológico.

Vale a dica: A terminologia “mudo” relacionada aos surdos nasceu na antiguidade, quando se acreditava que uma pessoa só teria condição de humanidade se houvesse a fala. Foi preciso a comprovação científica de que o surdo possui uma laringe funcional para que se começasse a acreditar em seu potencial para falar e, ainda assim, a Língua de Sinais exerce, por aqueles surdos que não possuem a linguagem oral, a mesma função de linguagem que a fala, sendo forma legítima e natural de comunicação e expressão de pessoas surdas. Assim, retire do seu vocabulário a expressão “surdo-mudo” e passe a se referir às pessoas com perda de audição somente como surdos.

*Graduando em Fonoaudiologia/PUC-SP, tradutor intérprete de LIBRAS/Português/LIBRAS  PROLIBRAS/MEC.

Fonte: Rede Saci

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Campanha da Apae alerta sobre importância do teste do pezinho


Qua, 06 de Junho de 2012 15:40

Exame obrigatório no país detecta doenças que podem levar a deficiências intelectuais
Hoje é o Dia Nacional do Teste do Pezinho, exame obrigatório no país que detecta doenças que podem levar a deficiências intelectuais.

Por isso, a Apae de São Paulo encabeça uma campanha alertando os pais não só para a importância do teste, mas para a necessidade de tratamento rápido assim que doenças são detectadas.

O teste, que é um exame rápido de prevenção que coleta gotas de sangue do calcanhar do bebê, pode diagnosticar várias enfermidades. Entre as mais importantes estão a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, a fibrose cística e a anemia falciforme.

No caso das duas primeiras, se não forem tratadas a tempo podem ocasionar deficiência intelectual. Nas outras duas, causar prejuízos à qualidade de vida do bebê.

O teste deve ser feito na primeira semana de vida, 48 horas após o nascimento, com limite máximo até o quinto dia de vida. Há 36 anos a entidade realiza o teste, introduzido pelo médico Benjamin Schmidt.

Segundo Aracélia Lucia Costa, superintendente da Apae-SP, embora o teste seja obrigatório no país desde 2001, alguns Estados no Norte e Nordeste do país ainda não atendem todos os bebês.

Em São Paulo, a entidade já realizou, nos últimos 11 anos, 16,2 milhões de testes. Nos casos em que a doença é detectada, os pais são contatados para dar início ao tratamento médico.


(Fonte: Folha de São Paulo - 6/6/2012) via Mara Gabrilli

Guia vocal - Aplicativo para celular guia deficientes visuais por voz

Qualquer pessoa que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.[Imagem: Igor de Carvalho Maia/USP Pesquisadores da USP desenvolveram um aplicativo para celulares que ajuda deficientes visuais locomoverem-se pela cidade.

O Smart Audio City Guide - guia auditivo inteligente para cidade, em tradução livre - rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.

O aplicativo utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa.

Interação por voz

Qualquer pessoa que possua o aplicativo poderá enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.

Por exemplo, pode-se enviar a informação "aqui há um orelhão" para o sistema, que registra automaticamente a localidade.

Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente.

O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto.

Servidor melhor

O aplicativo será gratuito para os usuários, que só precisarão baixá-lo em seu aparelho.

Por causa da competição, promovida pela Microsoft, o Smart Audio City Guide foi desenvolvido para Windows Phone, mas está sendo aperfeiçoado para ficar mais acessível e para que seja disponibilizado em outros aparelhos.

Os estudantes planejam disponibilizar o aplicativo para download gratuito até o final do ano - eles dependem de um melhor servidor para gerenciar as informações, uma vez que o equipamento atual suportaria apenas um número limitado de usuários.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

O “incluchato”

Tem muita coisa específica no mundo dos ‘malacabados’. Nem todo mundo sabe que existem próteses ultra modernas, que um lesadinho pode perder a sensibilidade, que um ‘paralisado cerebral’ pode atuar perfeitamente em sociedade. O ‘incluchato’ costuma ficar tiririca da vida com o desconhecimento dos outros em relação ao mundo paralelo dos ‘malacabados’, a Matrix!




04/06/12 - 00:01
POR JAIRO MARQUES


Como os temas da inclusão e do acesso para todos caíram na boca do povo, é natural que alguns combatentes nessa batalha pela dominação do mundo para ele ser igual para ‘nóistudo’ encham o copo um bocadinho acima do limite….

E todo mundo que é cascudo demais na defesa de seus princípios, tá na beiradinha, beiradinha mesmo, para virar xarope, para virar chatonildo…

É “di certeza” que eu mesmo, em alguns ou vários momentos, já dei uma despirocada básica na tentativa de querer jogar luz nos direitos do povão que não vê, não ouve, não anda e nem nada…

Bem, mas eu e minha imensa equipe de apoio logístico, formada por UMA pessoa, minha deusa :wink:  , criamos as…

“Dez dicas para saber se você é um ‘incluchato’”

“Tio, mas que diacho é isso de ‘incluchato’ que cê tá falando?”

O ‘incluchato’ é o chato da inclusão…. aquele cidadão que não relaxa nunca, que é mais brabo do que cachorro de japonês na vigilância da inclusão…

É preciso ter cuidado porque o excesso pode acabar espantando as pessoas em vez de atraí-las para a causa!

Abaixo, dez características que indicam a ‘incluchatice’… Se você se identificar com quatro ou mais delas, o caldo tá entornando, heim?!!!

O único assunto do cidadão, seja no velório, no boteco ou na casa da sogra, é sobre gente sem perna, sem braço, que tem o escutador de novela prejudicado, que anda montado em cadeira de rodas, que é ‘malacabado’ geral.

O brasileiro não relaxa jamais e tá sempre reclamando de falta de rampas, de carro parado em vaga reservada, de buraco na calçada. Mobilização é fundamental, mas tem momento que a gente tem de olhar pra namorada. Toda guerra tem trégua, né?

Seus posts nas redes sociais só mostram cadeira de rodas, gente meio tortinha, malfeitos da inclusão, vídeos da dita “superação”.

O ‘incluchato’ cobra sem parar seus amigos para participarem de jogos de basquete de cadeirante, de feiras de produtos de tecnologia assistiva, de grupos de suposto apoio à qualidade de vida dos ‘malacabados’.

Deficiente se relacionar com deficiente é apenas uma casualidade do amor. Não é uma união ‘linda’ e um casal ‘perfeito’ que vai ser símbolo da inclusão… “Menas”, zente, “menas”…. :razz:

O ‘incluchato’ acha que tudo é lindo: uma empinadinha da cadeira de rodas, um cão-guia que abana o rabo, um aparelho auditivo pequenininho.

Quando você deixa de fazer algo porque o lugar não é totalmente acessível, pode acreditar, você não está ajudando o mundo a ser mais acessível, está deixando de aproveitar a vida! É muito melhor ir ao motelzinho, se divertir da maneira possível e, no final, cobrar acesso do que deixar de brincar.

As pessoas com deficiência não pertencem todas a uma mesma família, a uma irmandade. O ‘incluchato’ tá sempre falando que “conhece” um cegão maravilhoso que outro cegão precisa conhecer urgentemente!


O ‘incluchato’ pensa que os ‘esgualepados’ são sempre o must e jamais podem estar expostos a críticas. Ora, bolas, algo que é feito por um deficiente não é necessariamente bom, bonito ou ‘maraviwonderful’.

Tem mais alguma ‘chatice’ que vocês se lembram? Botem nos coments!!!!

Ratos voltam a andar após experimento

Um experimento realizado pela Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suiça, conseguiu fazer com que camundongos com lesões na medula espinhal e com paralisia nas pernas voltassem a andar e correr.

Por meio de injeções que estimularam os neurônios responsáveis pelos movimentos. Também foram aplicadas estimulação eletroquímica e testes com um braço mecânicoque ajudava camundongos a caminhar.

O autor do estudo Grégoire Courtine explica que depois da neuroreabilitação nos camundongos, eles não estavam somente começando a andar, mas andando em marcha e logo começara a correr, subir escadas e pular obstáculos."

A recuperação podem ocorrer até em casos de lesões severas e pra isso a equipe injetou uma solução química nas veias dos camundongos que desencadeou respostas celulares, como a ligação da dopamina, adrenalina e receptores de serotonina localizados nos neurônios.

Depois de cinco a dez minutos da injeção, os cientistas estimularam eletronicamente a medula espinhal com eletrodos implantados em uma camada exterior do canal espinhal chamado espaço epidural.

Essa estimulação envia sinais elétricos contínuos entre as fibras dos nervos para quimicamente excitar os neurônios que controlam o movimento da perna.

Outro teste, baseado em uma experiência anterior, trocou antigas esteiras, por um dispositivo robótico que dava a sensação de equilíbrio aos roedores sem os movimentos das pernas.

O resultado foi surpreendente: houve um crescimento das fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal, o que contribuiu para que os camundongos voltassem a se movimentar.

Segundo Janine Heutschi, outra autora do estudo, explica que o esforço foi traduzido em um aumento de quatro vezes nas fibras nervosas do cérebro e na espinha, que comprova o enorme potencial de neuroplasticidade mesmo após a lesão grave do sistema nervoso central.

Apesar dos avanços ainda não há comprovação de que o método usado funcionaria em humanos.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Instituto da Cidade lança livro sobre Calçadas Acessíveis

O  Instituto da Cidade (IC) e a Editora Assaré lançam nesta sexta-feira, 1º de junho, o livro Calçadas Acessíveis  - O Caminho para a Democratização dos Espaços Urbanos. A publicação é uma coletânea de artigos, resultado de um rico debate feito no II Seminário Estadual sobre Calçadas Acessíveis, realizado em maio de 2011. Apresenta a produção teórica de profissionais das áreas de engenharia, arquitetura, urbanismo e sustentabilidade, professores universitários e pesquisadores, sobre o tema.

O livro abre um panorama crítico do conflito entre a legislação existente e a problemática real da mobilidade urbana em nossa cidade, quiçá, de tantas cidades brasileiras, analisando as desigualdades entre as necessidades coletivas da população em seu direito de ir e vir, numa contraposição ao poder da especulação imobiliária e os interesses individuais. A leitura acessível democratiza a discussão e oferece perspectivas à problemática, cumprindo um dos objetivos sociais do IC, em tratar dos direitos fundamentais do cidadão.

O lançamento acontece às 18h30 no Foyer do Centro Cultural do Parlamento Cearense, na Rua Barbosa de Freitas (em frente à Assembleia Legislativa). Como deferência aos participantes do seminário que gerou a obra, estes podem gerar um convite impresso, através do site do instituto e receber o seu exemplar do livro, no local, gratuitamente. Será servido um coquetel aos presentes.

Mais informações: Instituto da Cidade: (85) 3253-3441 / www.institutodacidade.org.br

Com informações do Instituto da Cidade
Dica: Agência da Boa Notícia