segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DrawBraille: o telefone celular feito sob medida para deficientes

Aparelho possui 210 “teclas”
que correspondem às 35 letras
do alfabeto Braille,
distribuídas em 5 linhas
Cada vez mais, os fabricantes de telefones celulares estão abrindo os olhos para os deficientes físicos – principalmente os visuais. Um designer chamado Shikun Sun entrou na onda e criou o DrawBraille, um aparelho voltado para aquelas pessoas que não enxergam.

Segundo o DesignBuzz, o celular usa o alfabeto Braille impresso na superfície do telefone. No DrawBraille, o usuário precisa apenas deslizar o dedo pela superfície, já que há 210 pontos na área mecânica. Esses pontos correspondem aos 35 símbolos do alfabeto Braille, divididos em 5 linhas. Com isso, os deficientes podem acessar o menu, agenda de contatos, ler e-mails e SMSs, e-book e até mesmo navegar pela internet.

O cego também pode ter acesso, por exemplo, ao status de carga da bateria através das teclas em Braille. Ainda é possível bloquear o teclado, localizar estabelecimentos e até usar o telefone como music player.


Fonte: Olhar Digital (26/08/11)

domingo, 28 de agosto de 2011

Sensores na pele permitem movimento de mãos biônicas

O modelo de última geração funciona a partir de movimentos dos músculos do braço. Sensores na pele enviam sinal para um computador que fica dentro da mão, que interpreta o tipo de movimento desejado.
Uma nova geração de mãos biônicas está transformando a vida dos pacientes. Matthew nasceu sem a mão esquerda. Mas hoje, aos 14 anos, pode fazer quase tudo que um adolescente faz, como jogar vídeo game, por exemplo. Tudo graças a uma prótese de última geração.

"As tarefas do dia a dia ficaram muito mais fáceis", ele conta. A mão biônica que ele usa com habilidade é a mais moderna do mundo. E foi conseguida depois que Matthew, um fã das corridas de Fórmula 1, escreveu para o chefe da equipe Mercedes.

A escuderia fez um acordo com o fabricante e ainda ajudou a família de Matthew a levantar o dinheiro que faltava para comprar a prótese. Os pais, claro, estão muito felizes e torcem para que o filho, agora, consiga fazer as tarefas que qualquer adolescente faz em casa.

Esta tecnologia está mudando a vida de pacientes também no Brasil. O modelo de última geração funciona a partir de movimentos dos músculos do braço.

Sensores são colocados na pele, um de cada lado. Ao contrair o músculo, o sensor envia um sinal para um pequeno computador que fica dentro da mão, que interpreta o tipo de movimento que o paciente quer fazer. Assim, ele pode controlar os cinco motores que movem os dedos e executar a ação desejada.

“Se ele mantiver a prótese aberta por mais de três segundos, automaticamente ela vai entrar na posição de indicador para poder teclar”, explica o protesista Jairo Blumenthal.

Assim, a mão biônica permite discar um número no telefone, pegar uma chave ou um objeto delicado como um cartão. Ela é programada para executar quatro movimentos diferentes, que podem ser escolhidos de acordo com o que for mais útil.

É a primeira prótese que permite mudar a posição do polegar e controlar a força com que o paciente pega um objeto como uma bolinha, por exemplo. É possível segurar, apertar com força e soltar lentamente.

Uma habilidade tão simples, mas que usamos a todo momento, como no aperto de mãos. “Eu estou treinado para isso e aprendi rápido. Pode me cumprimentar!”, diz Jordão Moreira Pereira

Jordão, que perdeu a mão em um acidente de trabalho, usa a prótese há dois meses. A mão biônica foi paga pela empresa onde ele é empregado. Para aprender a comandar os movimentos, o paciente passa por um treinamento.

Ele já consegue servir um copo d’água e tomar o chimarrão. “Posso segurar o guarda-chuva e levar uma bolsa na outra mão, tranquilo, isso aí eu já faço no dia a dia”, conta ele.

O futuro da mão biônica promete. Cientistas americanos estão desenvolvendo uma tecnologia que pode revolucionar o modo como as próteses se conectam com o corpo humano. O que os cientistas querem é que as novas mãos biônicas se movimentem também a partir dos impulsos nervosos do cérebro. Elas vão ser captadas por sensores que vão transmitir os comandos do cérebro através de fibras óticas até as próteses. Com isso, as mãos biônicas do futuro vão poder ter movimentos mais complexos e quem sabe até transmitir sensações como calor e frio.

Até lá, pacientes como Mattews, na Inglaterra, e Jordão, no Brasil, podem ir aproveitando tudo o que a ciência já conseguiu avançar.

“Muito importante. Foi um aprendizado e ainda estou aprendendo bastante”, diz Jordão.

Fonte: Fantástico - TV Globo - Ed. 28/08/2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Isenção de IPVA ampliada para pessoas com deficiência passa na CCJ da Assembléia de Minas Gerais

Projeto de lei que isenta de IPVA o veículo de pessoa com deficiência, mesmo que não seja ela o motorista, passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (23/8/11). Do deputado André Quintão (PT), o PL 737/11 altera a lei que disciplina a cobrança do imposto (Lei 14.937, de 2003). O objetivo é estender a isenção a todos os veículos de pessoas com deficiência, não importando se ela é o condutor e nem a natureza da deficiência. O relator, deputado Cássio Soares (PRTB), opinou pela constitucionalidade da proposta e apresentou o substitutivo nº 1 para detalhar requisitos a serem cumpridos para que a isenção seja obtida.

Hoje a lei concede o benefício apenas às pessoas com deficiência física e que tenham o seu veículo adaptado para direção própria. O autor argumenta que todas as pessoas com deficiência, seja sensorial, física ou mental, devem receber o benefício, uma vez que a dificuldade de locomoção na cidade é semelhante para todos e que o sistema de transporte público ainda é precário.

O relator também registrou que a redação da lei em vigor afronta o princípio da isonomia por beneficiar apenas e exclusivamente a pessoa com deficiência que necessite do veículo adaptado às suas condições físicas, deixando de atender outras pessoas na mesma condição ou com limitações ainda maiores de locomoção.

O parecer registra, ainda, que o projeto é constitucional uma vez que a instituição do IPVA é de competência privativa dos estados e do Distrito Federal e que a extensão do benefício deverá resultar em impacto irrisório no caixa do Tesouro, sem ferir lei complementar que trata do assunto (Lei Complementar Federal 101, de 2000).

O projeto, que tramita em dois turnos, precisa ainda receber parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para entrar na ordem do dia do Plenário e ser votado em 1º turno.

Veja como fica a isenção pretendida

O projeto original altera o inciso III do artigo 3º da Lei 14.937/03, que enumera os casos de isenção de IPVA. A proposição apenas retira do inciso a condição de ser deficiente físico com carro adaptado e mantém a expressão genérica "veículo de pessoa portadora de deficiência". O substitutivo altera o mesmo inciso, especificando que o veículo deve ser de fabricação nacional, equipado com motor de cilindrada não superior a 2 mil cm3, pertencente a pessoa com deficiência.

Enumera também requisitos que devem ser atendidos: o veículo deve ser adquirido diretamente pela pessoa com deficiência que tenha plena capacidade jurídica ou por intermédio de seu representante legal; o benefício só pode ser utilizado para um único veículo; e deve ser comprovada disponibilidade financeira ou patrimonial compatível com o valor do veículo a ser adquirido.

Por fim, são acrescentados dois parágrafos ao dispositivo. O primeiro determina que a deficiência física será reconhecida por meio de laudo médico oficial emitido segundo as normas e os requisitos previstos pela autoridade fazendária. O segundo diz que o veículo deverá ser regularmente utilizado pelo proprietário para que o benefício seja mantido.

Fonte: http://www.deficiente.com.br

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Minas Gerais - Isenção de IPVA ampliada para pessoas com deficiência passa na CCJ

Projeto de lei que isenta de IPVA o veículo de pessoa com deficiência, mesmo que não seja ela o motorista, passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (23/8/11). Do deputado André Quintão (PT), o PL 737/11 altera a lei que disciplina a cobrança do imposto (Lei 14.937, de 2003). O objetivo é estender a isenção a todos os veículos de pessoas com deficiência, não importando se ela é o condutor e nem a natureza da deficiência. O relator, deputado Cássio Soares (PRTB), opinou pela constitucionalidade da proposta e apresentou o substitutivo nº 1 para detalhar requisitos a serem cumpridos para que a isenção seja obtida.

Hoje a lei concede o benefício apenas às pessoas com deficiência física e que tenham o seu veículo adaptado para direção própria. O autor argumenta que todas as pessoas com deficiência, seja sensorial, física ou mental, devem receber o benefício, uma vez que a dificuldade de locomoção na cidade é semelhante para todos e que o sistema de transporte público ainda é precário.
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O relator também registrou que a redação da lei em vigor afronta o princípio da isonomia por beneficiar apenas e exclusivamente a pessoa com deficiência que necessite do veículo adaptado às suas condições físicas, deixando de atender outras pessoas na mesma condição ou com limitações ainda maiores de locomoção.

O parecer registra, ainda, que o projeto é constitucional uma vez que a instituição do IPVA é de competência privativa dos estados e do Distrito Federal e que a extensão do benefício deverá resultar em impacto irrisório no caixa do Tesouro, sem ferir lei complementar que trata do assunto (Lei Complementar Federal 101, de 2000).

O projeto, que tramita em dois turnos, precisa ainda receber parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para entrar na ordem do dia do Plenário e ser votado em 1º turno.

Veja como fica a isenção pretendida

O projeto original altera o inciso III do artigo 3º da Lei 14.937/03, que enumera os casos de isenção de IPVA. A proposição apenas retira do inciso a condição de ser deficiente físico com carro adaptado e mantém a expressão genérica “veículo de pessoa portadora de deficiência”. O substitutivo altera o mesmo inciso, especificando que o veículo deve ser de fabricação nacional, equipado com motor de cilindrada não superior a 2 mil cm3, pertencente a pessoa com deficiência.

Enumera também requisitos que devem ser atendidos: o veículo deve ser adquirido diretamente pela pessoa com deficiência que tenha plena capacidade jurídica ou por intermédio de seu representante legal; o benefício só pode ser utilizado para um único veículo; e deve ser comprovada disponibilidade financeira ou patrimonial compatível com o valor do veículo a ser adquirido.

Por fim, são acrescentados dois parágrafos ao dispositivo. O primeiro determina que a deficiência física será reconhecida por meio de laudo médico oficial emitido segundo as normas e os requisitos previstos pela autoridade fazendária. O segundo diz que o veículo deverá ser regularmente utilizado pelo proprietário para que o benefício seja mantido.

Fonte: Jus Brasil (23/08/11) in DeficienteCiente

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cadeirantes ganham academia ao ar livre em Florianópolis

Cada vez mais se fala em combate ao sedentarismo e estímulo à qualidade de vida. E iniciativas como academias ao ar livre para a comunidade e para a terceira idade estão por toda parte. Mas um grupo estava excluído: o dos deficientes físicos e cadeirantes.

Dando um primeiro e importante passo para ampliar a inclusão dessas pessoas à sociedade, foi montado em Florianópolis (SC) o Espaço TopMed de Lazer e Saúde.

Instalado em uma das áreas mais nobres da capital catarinense, na Beira-Mar Norte, a academia ao ar livre integra áreas para crianças, adultos e deficientes, com acesso fácil e adaptado.

“Antes a gente ficava só observando, vendo os outros se exercitarem. Agora também somos parte, temos um espaço apropriado, e podemos tirar proveito da atividade física que tantos benefícios trazem para a saúde”, diz José Roberto Leal, o seu Zezinho, presidente da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef).

Para os idealizadores, o empreendimento é uma ferramenta que contribui para prevenção dos mais diversos males. “Quando incentivamos a pessoa a sair do sedentarismo, a iniciar uma atividade física e melhorar sua alimentação, estamos trabalhando para que ela fique menos doente”, diz Renata Zobaran, diretora-médica da TopMed, que em parceria com a prefeitura de Florianópolis já inaugurou 18 academias ao ar livre para a população em geral, recebendo um público superior a 50 mil pessoas por mês.

Outro objetivo desse novo espaço é promover maior socialização do deficiente físico. “Muitas vezes o cadeirante é prisioneiro em sua própria casa. Não sai porque os acessos são difíceis e porque não encontra local onde possa se sentir inserido como qualquer outra pessoa. Ali, estamos todos juntos”, comemora seu Zezinho, que diz que mais de 40 deficientes já estão fazendo uso cotidiano da academia. “Esse número vai multiplicar no verão”, acredita.

Fonte: DeficienteCiente